Bom dia! Perdoar e pedir perdão aos
ancestrais é uma forma de esgotar o karma familiar. Faz parte da tradição de
povos orientais e indígenas.
Segundo os Vedas, existe uma hierarquia
do karma que interfere na nossa vida pessoal a cada encarnação (e é o laço que
forma as famílias):
1- O karma do planeta em que
encarnamos ("os humanos são assim...").
2- O karma da raça em que nascemos
("Os brancos, são assim", "Os negros são assim, os índios são
assim, "Os latinos são assim", "os orientais são assim", “Os
imigrantes são assim...").
3- O karma da religião adotada pelo
grupo ("Os protestantes são assim", "Os católicos são
assim", "Os judeus são assim, "Os espíritas são assim",
"etc).
4- O karma do país de nascimento
("Os brasileiros são assim", Os americanos são assim, os franceses
são assim, etc...).
5 - O karma familiar ("Essa
família é assim").
6- O karma pessoal!!! Isso é o que
fazemos de nós!
Pensando assim, chega-se à conclusão
que não só meditar, mas também examinar cuidadosamente, de preferência à noite,
tudo que fizemos e pensamos e como nos sentimos durante aquele dia e fazer uma
séria reflexão, nos arrependendo e pedindo a nós mesmo uma nova chance de fazer
aquilo melhor de uma outra vez, que é "a parte que nos cabe neste
latifúndio". Vale também observar, tentar entender e deixar para trás, sem
rancores, mágoas ou ressentimos, muito menos desejo de justiça, tudo aquilo que
consideramos um mal que nos foi causado, contribui e interfere positivamente no
nosso Karma pessoal.
Mas também relembrar, rever, tentar entender e colocar na conjuntura emocional,
temporal, social aquilo que determinou as atitudes de nossos pais, avós,
parentes em geral, liberta-os de ficarem atrás de nós, nos acompanhando com seu
sofrimento e tornando nossas vidas diárias ainda mais duras e difíceis!
Isso se aplica a todos a quem
causamos dor: importante também é que reconheçamos os nossos erros, nos
arrependamos e pedir perdão e libertá-los do desejo de que sejamos justiçados
pelo karma!
Não significa ficar alienados e
apáticos em relação às dores do mundo. Afinas, somos coautores da dor quando
nos omitidos diante do sofrimento alheio, por que o permitimos. Mas agir sem
agredir e com a intenção de impedir a dor é também uma escolha.
Não sabemos, mas, segundo algumas filosofias orientais e, não menos importante,
Jung, carregamos a maldição de nossos ancestrais no sobrenome. A maldição é o
karma! Daí a necessidade do pedido de perdão e a concessão do mesmo aos nossos
ancestrais.
Há não só famílias, mas populações,
vivendo esmagadas e prisioneiras do karma de grupo.
Muitas pessoas no consultório, me perguntam: "Mas porque eu tenho esse
karma? Faço tudo direitinho, trabalho duro nisso!"
O fato é que, em muitos casos, os filhos estão colhendo os frutos semeados
pelos pais, não só por si mesmos no passado.
E é lei da harmonia e do equilíbrio.
Isto é o karma. Restituindo o equilíbrio antes destruído.
Então, não basta não causar
sofrimento ao outro, como disse o Buda.
É preciso, também, fazer o Bem.
Mas, mesmo para fazer o Bem e não apenas ser "bonzinho", é preciso
sabedoria e cuidado.
Paz a Todos Os Seres!
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