terça-feira, 27 de janeiro de 2009

Lua Fora de Curso – Um Calendário Indispensável

TABELA DA LUA FORA DE CURSO EM 2009
- Coluna 1: dia e hora em que a Lua sai de curso.
- Coluna 2: dia e hora em que a Lua entra em curso, ingressando em um novo signo.
- Coluna 3: signo de ingresso.
O termo se refere ao tempo dispendido após a saída entre signos, da Lua, de um em direção a outro. Quer dizer, por ex., a Lua saiu de Gêmeos, mas ainda não entrou em Câncer, o que pode levar alguns minutos ou horas.
Conhecer este calendário ajuda a organizar sua agenda, precavendo-se contra as frustrações e esforços inúteis. São minutos ou horas de caos, desentendimentos, quando nada funciona, péssimo momento para tomar decisões.
O que devemos evitar?
- Compras.
- Situações que envolvem multidões.
- Cirurgias.

O Dhammapada

O Dhammapada, Cap. I - Os versos gêmeos Tudo o que nós somos é resultado do que nós pensamos no passado: tudo o que nós somos se baseia em nossos pensamentos e é formado por nossos pensamentos. Se alguém fala ou age com um mau pensamento, o sofrimento o acompanha assim como a carreta segue os passos do boi que a puxa. Tudo o que nós somos é resultado do que nós pensamos no passado: tudo o que nós somos se baseia em nossos pensamentos e é formado por nossos pensamentos. Se alguém fala ou age com pensamento puro, a felicidade o acompanha assim como sua própria sombra nunca se afasta dele. ‘Ele me desrespeitou, ele me bateu e dominou, e então me roubou’ – quem expressa tais pensamentos amarra sua mente à intenção de retaliar. Em tais pessoas o ódio não cessa. ‘Ele me desrespeitou, ele me bateu e dominou, e então me roubou’ – em quem não expressa tais pensamentos, o ódio cessará. Nesse mundo a inimizade nunca é eliminada pelo ódio; a inimizade é eliminada pelo amor. Essa é a Lei Eterna. Os muitos que não sabem disso também esquecem que um dia, nesse mundo, morreremos. Eles não se controlam. Mas aqueles que conhecem a Lei encerram seus conflitos em seguida. Quem vive em busca de prazeres, com seus sentidos descontrolados, sem moderação ao comer, indolente, desvitalizado – a ele verdadeiramente Mara[2] derruba assim como uma tempestade derruba uma árvore. Quem vive disciplinando a si mesmo, sem dar atenção a prazeres, com seus sentidos controlados, moderado ao comer, cheio de fé e coragem (Virya) – a ele verdadeiramente Mara não derruba, assim como uma tempestade não derruba uma montanha rochosa. Quem não está livre de vícios, quem não observa a moderação e a veracidade, pode vestir o manto amarelo, mas não o merece. Quem libertou-se dos vícios e está bem estabelecido nas virtudes, quem observa a moderação e a veracidade, realmente merece o manto amarelo. Aqueles que vivem no mundo de prazeres da fantasia enxergam verdade no que é irreal e inverdade no que é real. Eles nunca chegam à verdade. Aqueles que se estabelecem no mundo do pensamento correto enxergam verdade no que é real e inverdade no que é irreal. Eles chegam à verdade. A chuva flui para dentro de uma casa com telhado mal contruído, assim como os desejos fluem para dentro de uma mente mal treinada. A chuva não molha uma casa com telhado bem construído, assim como os desejos não entram na mente disciplinada. Quem faz o mal sofre neste mundo e sofre no mundo seguinte; ele padece nos dois. Aflito, ele se inquieta ao rever os seus atos pecaminosos. Quem é virtuoso tem contentamento nesse mundo e tem alegria no mundo seguinte; ele se alegra nos dois. Ele tem satisfação e contentamento ao rever seus atos puros. Quem faz o mal se lamenta aqui, e se lamenta depois daqui. “Fiz o mal”, ele diz a si mesmo. Seu tormento é maior quando está no lugar do mal. O ser humano correto é feliz aqui, e é feliz depois daqui. “Fiz o bem”, ele diz a si mesmo. É grande o seu prazer no lugar abençoado. Quem cita os textos sagrados mas é preguiçoso e não os aplica na vida é como um homem do campo que conta as vacas alheias. Ele não partilha as bênçãos da Boa Vida. Quem abandona a luxúria, o ódio e a loucura adquire verdadeiro conhecimento e uma mente serena, não tem cobiça nesse mundo nem em qualquer outro, aplica em si mesmo os ensinamentos dos textos Sagrados que recita, mesmo que sejam poucos em número – tal pessoa participa das bênçãos da Boa Vida. Esta é uma pequena parte do livro “O Dhammapada”, cujos ensinamentos foram presenciados pelos discípulos do Buda Sidharta Gautama, que depois os divulgaram.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Mercúrio Retrogradando: Cuidado!

Estamos com Mercúrio retrogradando neste momento no signo de Aquário. Vale a pena ficar atento a tudo o que diz e ouve. Coisas estranhas ligadas à comunicação acontecem neste período, como mal-entendidos, problemas de comunicação, dificuldade de tráfego de dados e informações em geral. Além disto, você pode ter notícias ou reencontrar pessoas de quem não sabia havia um tempão...de alguma forma, elas te encontram! Outra coisa estranha é que você, de repente, descobre todas as histórias ocultas de alguém, ou coisas que foram escondidas de você. Por outro lado, jamais faça acordos, tratos, verbais ou, principalmente por escrito, não feche negócios, nem compre coisas caras à vista neste período. No que se refere a audiências para resolver questões jurídicas, nem pensar! Peça um atestado ao seu médico (explique que é caso de tudo ou nada) e peça adiamento. Apenas no dia 02/02/2009 Mercúrio retoma seu movimento direto, às 04:10AM. Depois disso, tudo bem, ponha suas comunicações em dia. Um abraço.

sexta-feira, 2 de janeiro de 2009

Para refletir: citação de autoria de Djalâi - ud - Dîn, Rûmi - Mawlana:

"Sou esta alma única que possui cem mil corpos. Que fazer? Tenho os lábios selados. Vi uma multidão de homens que nada mais eram que eu mesmo. Mas entre eles, não vi aquele que sou eu." Pensamento Sufi.

INTRODUÇÃO AOS PRÓPOSITOS DO MEU TRABALHO ASTROLÓGICO

A Astrologia é um sistema de símbolos que resume, de forma codificada, nossa organização energética, isto é, nossos padrões de funcionamento. O objetivo de tentar acessar essa codificação inconsciente é buscar compreender o que nos leva a ter atitudes que, às vezes, nos parecem inexplicáveis e que gostaríamos de mudar: - eventualmente criamos situações que nos parecem autodestrutivas, ou deixamos passar oportunidades com as quais sempre sonhamos, afastamos de nós quem amamos, ou atraímos a pessoa errada...enfim! Há mistérios a nosso respeito que precisamos desvendar. Mesmo a família, na qual nascemos, gostos, ações, reações, tendência para ganhar peso ou não...tudo isso pode ser identificado no mapa de nascimento ou “Mapa Astral”. Este pode ser lido como um código de DNA, onde nossas informações são impressas por ocasião de nossa geração. A diferença entre um e outro é que o DNA não podemos mudar, embora possamos transitar entre áreas genéticas saudáveis e doentes, de acordo com nosso estado de espírito, mas nosso futuro, este sim, podemos mudar, a partir da compreensão do ponto de partida. É importante saber que, no momento em que estamos encarnados, muitos dos processos de renovação das cadeias evolutivas estão suspensos, pois entramos numa nova etapa de evolução humana em que o pré-requisito é ter desenvolvido não só a mente, mas também a inteligência afetiva. Nosso trabalho é voltado exatamente para o desenvolvimento desta compreensão: 1- Compreender o seu projeto de desenvolvimento pessoal (Mapa Natal) 2- Verificar se está cumprindo suas propostas de forma consciente 3- Descobrir se você está usando o seu livre-arbítrio para criar um novo futuro pra você, ou se é apenas uma vítima passiva do seu Carma anterior. 4- Ajudar a amadurecer seu nível de escolhas pessoais 5- Colaborar na compreensão do carma familiar e de raça. Para este fim, ofereço a leitura do Mapa Astral e o acompanhamento das progressões e Trânsitos, alem dos cursos de autoconhecimento através do Mapa Pessoal, que busca dar acesso aos interessados em se conhecerem e se compreenderem melhor, à simbologia básica do seu mapa astral e à compreensão de seu papel no mundo, na família e na profissão. Este ano temos programado para o primeiro semestre um curso de autoconhecimento em Brasília, com o começo marcado para março (blocos de um fim-de-semana inteiro por mês – com duração prevista para 5 meses). Há a possibilidade de uma turma para o Rio de Janeiro, ainda no primeiro semestre. No segundo semestre, há o projeto de uma turma de jovens em Bragança Paulista/SP. As inscrições estão abertas para todos os cursos. Há um limite de alunos por turma, portanto, caso se interesse, entre na lista por e-mail, que farei contato. Os critérios usados em meu trabalho são fundamentados nas filosofias budista e parte do vedanta, bem como os princípios adotados pela Sociedade Teosófica , com Sede em Adyar, na Índia. Para entrar em contato, use o e-mail de conexão deste blog: zarifam@gmail.com, ou zazamattar@yahoo.com
O MECANISMO DA INTUIÇÃO Celso Batalha (MST – Loja Jinarajadasa) Algumas obras têm sido publicadas recentemente, estabelecendo paralelos entre a filosofia oriental e a física moderna (1) (2). A própria psicologia da Gestalt sofreu um impulso extraordinário ao adotar, tanto na descrição das chamadas "zonas de consciência" humanas quanto nos trabalhos de grupo, teorias e técnicas de meditação budista (3). Paralelamente, o interesse pela medicina oriental (acupuntura, shiatsu, do-in) vem crescendo consideravelmente. Como compreender esta lenta mas progressiva difusão dos conceitos da mística e da religião oriental em ramos da ciência moderna, possuindo a frente um método de trabalho puramente analítico, racional? E mais, os cientistas sairiam beneficiados pelo estudo do método intuitivo, típico das culturas orientais? A estas indagações podemos acrescentar: o método científico, servindo-se da lógica e do raciocínio, prescinde da intuição? Um bom cientista jamais teve a curiosidade de exercitar e estimular as suas faculdades imaginativas? A intuição sempre esteve presente no momento dos grandes avanços da ciência, e isto é indiscutível. Schemberg (4) comenta: "(na ciência, a intuição) é o elemento preponderante. O que é um grande físico? Não é o sujeito que sabe mais Física que o outro, mas o que tem mais imaginação". Schemberg também lembra que grandes matemáticos deixaram "um certo número de teoremas formulados mas não demonstrados". Os matemáticos chegavam a tais teoremas, não devido ao raciocínio, pois do contrário eles o teriam demonstrado, mas em conseqüência desta inusitada faculdade de percepção. "Eles vêem o teorema" diz Schemberg. As seguintes citações são esclarecedoras: 1. "As idéias felizes vêm inesperadamente, sem esforço, como uma inspiração. Quanto a mim, elas nunca vêm quando minha mente está fatigada". Helmholtz. 2. "Acredito em intuição e inspiração ... Às vezes tenho certeza de que estou certo sem saber por que ..." Einstein. 3. "A chave do método apropriado vem direto do ar. Algo novo, como uma idéia ou uma melodia, é tirado do espaço". Edson. 4. "As idéias criativas não vêm enquanto estou na minha mesa de trabalho, mas freqüentemente se projetam na minha mente enquanto estou empenhado em outras atividades". Jules Henri Poincaré. Antes da atual especialização da ciência, esta visão direta e precisa era utilizada na cultura do ocidente, conjuntamente com a especulação filosófica, na investigação de fatos naturais. Numa carta ao seu discípulo Flaccus, Plotinus inclui a seguinte definição: "O conhecimento possui três níveis: opinião, ciência e iluminação. O meio ou instrumento da primeira é o senso comum; o da segunda, a dialética; o da terceira, a intuição". Segundo Hall (5), a intuição teria sido posteriormente rejeitada pela ciência por ser incontrolável e imprevisível; ela não encontrou abrigo junto a um método de trabalho que impunha a definição e o controle de todos os parâmetros utilizados. Atualmente, num artigo científico de qualquer revista especializada, a motivação da pesquisa, o método utilizado, a descrição dos instrumentos, os resultados e as conclusões encontram-se dispostos de tal forma que outros institutos de pesquisa tenham condições de repetir a mesma experiência; agora, a imaginação do autor, o saber escolher o melhor procedimento (para se ter maior rendimento, maior economia, etc.), tudo isto não se encontra explicitado, não é considerado. O parâmetro criativo do autor não pode ser equacionado por ele próprio e, tão pouco, repetido por outro cientista; se o fosse, deixaria obviamente de ser criativo e novo, não se obtendo portanto o mesmo parâmetro inicial. A Raja Yoga, uma das escolas de Yoga da Índia, acrescenta uma técnica através da qual a intuição pode ser conseguida a qualquer instante, segundo a vontade do praticante (yogue). Discutiremos resumidamente este mecanismo de intuição, deixando a apresentação da requerida disciplina mental para outra ocasião. O MECANISMO Na filosofia oriental o Universo tem sua origem na Divina Realidade, fonte e substrato de toda Vida e Forma. Urna das expressões desta Realidade última é a Alma Humana, que se encontra subjetivamente separada da fonte universal; o seu destino é integrar-se conscientemente a fonte universal e esta união é denominada Yoga. A Mente Cósmica, um dos três aspectos da Divina Realidade, é a ideação subjacente a toda criação no universo. O campo no qual se dará a construção do lado forma, possui matéria de diferentes graus de densidade, sendo a mais "grosseira", o mundo percebido pelos sentidos. O reflexo deste atributo Divino na Alma Humana é MANAS, a mente, com faculdades de raciocínio, memória, observação, reflexão, compreensão. "Como é no Macrocosmo, assim é no Microcosmo": a mente humana será o meio onde se desenvolverá a Alma Humana. O trabalho do Yogue é o de conhecer as funções da mente, ter domínio sobre as mesmas e ter acesso consciente ao princípio que as organiza, que lhes dá razão de ser. BUDDHI, este princípio, pode ser traduzido como intuição". Assim como é no Macrocosmo, assim é no Microcosmo: BUDDHI é o reflexo do Amor Cósmico na Alma Humana, outro aspecto da Divina Realidade. Na filosofia oriental, a intuição é a luz chamada BUDDHI que flui sobre a mente e, como toda luz, possui urna fonte, uma origem e esta é a Consciência. ATMA, o terceiro princípio, é o centro da Consciência, refletindo no homem a Omnipotência ou Vontade Divina. Os três princípios ATMA, BUDDHI e MANAS geram toda percepção humana e este mecanismo encontra-se esquematizado na figura acima: Os três graus do conhecimento de Plotinus: opinião, ciência e iluminação estão representados neste esquema. O senso comum (opinião) corresponde à simples reação da mente aos impulsos dirigidos pelos sentidos (segmento O'L); é a atividade mental de mais baixa ordem. O senso comum sugere que o Sol gira ao redor da Terra, não o contrário. A ciência, já inclui não somente o senso comum mas também, e principalmente, a reflexão e raciocínio (segmento O'L, O'M). Os fatos isolados são agrupados segundo classes gerais. A busca de síntese na ciência, meta dos teóricos e empíricos, resume-se no descobrimento de leis naturais e suas respectivas representações simbólicas (fórmulas, teorias) e na posterior comprovação em diferentes laboratórios, segundo as mesmas condições. A iluminação cria a intuição (segmento O'N). A experiência mística é o funcionamento momentâneo ou prolongado da consciência no nível intuitivo. Como BUDDHI reflete o Amor Cósmico, os relatos místicos normalmente tornam-se impregnados do sentimento de união do religioso com Deus, ou com o particular objeto da devoção. Na interação entre o sujeito e um objeto, a iluminação de BUDDHI no conjunto de fatos, idéias, conceitos e dados acumulad0s pela memória (fazendo parte da bagagem de experiências passadas entre o sujeito-objeto), conferem a propriedade da inteligência, compaixão, simpatia, compreensão. O homem, por exemplo, pode ter um raciocínio agudo que o torna um habilidoso técnico: no entanto a falta de inteligência (de BUDDHI, do Amor Cósmico) o leva ao uso do raciocínio em interesses próprios, podendo ser contrários à harmonia coletiva. Da mesma forma, o indivíduo conduzido freqüentemente à satisfação de prazeres sensórios (opinião), as ações resultantes serão condicionadas pelos eventos externos tornando-o um ser reativo e portanto dependente, apegado. A intuição acompanha os cientistas na inspiração e criação, sendo imprescindível em qualquer pesquisa. Por razões históricas, o treinamento e a investigação da faculdade intuitiva não teve lugar na própria ciência, embora algumas tradições a tenham estudado, experimentado e escrito a respeito. O mecanismo intuitivo proposto pela escola Raja-Yoga apresenta a intuição, BUDDHI, como um princípio distinto das faculdades mentais conhecidas: raciocínio, lógica, memória, compreensão, e tem a propriedade de iluminá-las e dar a perspectiva correta numa investigação. Referências Bibliográficas. 1. Capra, F., "The Tao of Physics” Wildwood: House, 1976 2. Postle, D., "Fabric of The Universe”, Macmillan London Limited, 1976. 3. Pearls, F., "A Abordagem Gestaltiana e Testemunha Ocular da Terapia" - Ed. Zahar, 1977. 4. Sahemberg, M. (entrevista); "Revista de Ensino de Física", vol. l n2, out. 1979. 5. Hall, M. P., "Pathways of Philosophy", Philosophical Researah Society, 1947. Artigo publicado na revista LOGOS no 6, outubro de 1981